segunda-feira, 7 de setembro de 2020
PANDEMIA POÉTICA
PANDEMIA
Mais uma vez, uma vez mais, o mundo mudou. Mudou, mudando. E nós, mundanos, também mudamos. Não se sei se pra melhor ou pra pior… mas que mudou, mudou.
Dizem os historiadores que o mundo antigo, no qual o homem vivia em tentação parasidíaca, num certo momento, por força e obra de um acontecimento muito marcante para historigrafia da humanidade, impôs-nos a necessidade de um marco temporal para dividir o mundo em dois tempos: MUNDO AC e MUNDO DC (Antes e Depois de Cristo).
E assim, por muitas Eras e por muitas mazelas, tudo sempre foi como sempre nos foi dito que era e que seria. Se um dia foi agora era.
Mas o tempo, as Eras e até a perenidade das nossas vâs filosofias também passam. E tudo passou. Passou, passando. Como se fosse um passarinho passarinhando.
No presente momento, um novo e revolucionário acontecimento, batizado de COVID-19, exige que o mundo ou o que restou dele, fique dentro de casa e comungue da ilusão de que o Salvador alimentará o rebanho com o maná da televisão.
É irrefutável: a MÃE TERRA já recebeu a benção da extrema-unção.
O reconhecimento de que tudo que um dia foi, já era; é o atestado incontestavel de já vivemos uma nova Era.
E assim, mais uma vez, uma vez mais, o Historiador irá escrever nas linhas do tempo que um único e inafastável contratempo, obrigou a humanidade reeditar seu calendário para registrar o que aconteceu no antes e o que virá depois.
Se você está vivenciando este momento: “jogue as mãos para o céu… e agradeça se acaso tiver, alguém que gostaria que, estivesse sempre com você…” Este mundo jamais será o mesmo, as pessoas jamais serão as mesmas; a poesia jamais será a mesma.
Tudo que é de bom ou é de ruim será conhecido como: AC-19 ou DC-19.
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